Projeto os sentidos – Corporal e Órgãos dos Sentidos
Projeto: Esquema – Corporal e Órgãos dos Sentidos:
Alunos Atendidos: Crianças no período Pré-Escolar – 1o ou 2o ciclo de Educação Infantil.
Período: ________.( Mês em que será trabalhado)
Duração: De duas a três semanas.
Objetivos:
No final do projeto os alunos deverão ser capazes de:
Identificar todas as partes do corpo;
Conhecer as partes do corpo;
Reconhecer os sentidos;
Identificar e diferenciar as partes do próprio corpo com as partes do corpo dos amigos;
Vestir-se e desvestir-se sozinhos.
O professor deverá:
Estimular as crianças a: rolar, agarrar, sentar, engatinhar, andar em um pé só, andar sobre linhas – Trabalhando assim atividades de Psicomotricidade;
Estimular o raciocínio e a atenção;
Estimular a Socialização
Estimular as crianças a explorar todos os 5 sentidos de forma abrangente.
Culminância:
Ginástica orientada com músicas;
Montagem de um mural e de dois bonecões para brincar e enfeitar a sala de aula.
“O coração da criança é campo favorável a semeadura do bem”
Iniciando o projeto com uma dinâmica…
Auto-retrato:
Objetivo:
Explorar a forma corporal como veículo de mobilização da fantasia e da criação.
Desenvolvimento:
Num primeiro momento organizar a turma em trios e propor a brincadeira do “João Bobo” – Em que um aluno fica no centro com o corpo rígido deixando-se movimentar para frente e para trás pelos dois colegas.
Numa segunda brincadeira, ainda nos trios, propor que um aluno seja uma “marionete”- deixando os outros dois colegas manipularem seu corpo, adaptando-o a diferentes posições, de acordo com situações ou sentimentos que queiram expressar. Sugerir que revezem dentro do grupo de três.
Numa terceira brincadeira o professor deve orientar, com uma música clássica ao fundo, que os alunos, de olhos fechados, toquem cada parte do corpo: cabeça, cabelos, rosto, braços, mãos, pernas, pés, barriga etc.
Em seguida, cada aluno deitará em uma folha grande o suficiente para que a professora ou os colegas contornem o perfil do seu corpo;
Todos com seus perfis contornados deverão completar a figura de seu corpo acrescentando detalhes que o identifiquem;
É interessante que tenha um espelho grande, onde o aluno consiga se ver inteiro e observe cada detalhe antes de desenhar;
Concluir com a montagem de um mural com os auto-retratos do tamanho natural das crianças.
Na “rodinha”:
Num segundo momento o professor deve conversar de forma informal sobre cada parte do corpo: boca, nariz, orelhas, braços, mãos, tronco, pernas, pés…
Para que servem? – O professor deve provocar as crianças com esta pergunta para
Cada parte do corpo que for citada.
Deixar que os alunos se expressem livremente, fazendo as devidas colocações e orientações.
Ao fim da conversa sugerimos o trabalho com as músicas já bastante conhecidas em sala de aula, as quais as crianças adoram e encontram-se em um dos CDs que acompanha o presente projeto:
1 – Partes do Corpo:
Cabeça, ombro, joelho e pé.
Cabeça, ombro, joelho e pé.
Olhos, ouvidos, boca e nariz.
Cabeça, ombro, joelho e pé.
Cantar a música dramatizando-a;
Pedir que as crianças mostrem as partes do corpo em si e nos amigos;
Mostrar gravuras e pedir que indiquem as partes do corpo.
2 – Pop Pop:
Coloque a mão para frente,
Coloque a mão para o lado,
Coloque a mão para frente,
Balança ela agora
Eu danço pop pop
Eu danço pop pop
Eu danço pop pop
Assim é bem melhor!
( Repetir com todas as partes do corpo possíveis. )
Cantar a música dramatizando-a .
3 – Remexo:
Ponha a mão na cabeça
Ponha a mão na cintura
Dá um abraço no corpo
Dá um abraço doçura
Sai sai sai Oh! Piaba Sai lá da lagoa.
Cantar a música dramatizando-a.
Relaxamento…
Aproveitar a excelente fase da cantora e apresentadora Xuxa e do estímulo que provoca nas crianças, concluir com o relaxamento da música: Feche os olhos – Do CD Xuxa só para baixinhos 1 – Contém em um dos CDs que acompanham o presente projeto.
Todas as músicas contidas no CD que acompanha o projeto são excelentes para serem trabalhadas de forma dramatizada, como uma ginástica cantada.
Se meu corpo falasse…
Ler de maneira lúdica e agradável um ou mais livros da coleção CORPIM de Ziraldo.
Comentar com os alunos o tema principal dos livros: As partes do corpo e seus sentimentos, pensamentos, ações, ideais e planos futuros.
Propor aos alunos que imaginando a voz de cada parte do corpo respondam perguntas como: Se o nariz falasse, o que ele diria?
E o dente cariado? E os seus pés depois de você andar muito? E a barriga quando você come demais?
Após esta etapa, quando o grupo estiver bastante incentivado pedir que as crianças façam perguntas para as partes do corpo dos amigos.
Deixar que as crianças expressem suas idéias, pensamentos, elaborem suas frases, intervindo o menos possível – mas estimulando sempre, mostrando interesse na brincadeira.
Em um segundo momento o professor – dinamizador deve propor que a turma divida-se em grupos monte os quebra-cabeças das partes do corpo – Modelo em anexo.
Deixar que os alunos montem e desmontem enquanto houver interesse.
É interessante apresentar um cartaz com as partes do corpo e deixar fixo na sala de aula.
Montar bonecos articulados com as crianças, fazendo-as pintar, e deixar que brinquem a vontade por algum tempo – Modelos em anexo.
Os Sentidos…
Já tendo explorado bastante as partes do corpo, observado no espelho, dançando, tocando-o, relaxando… Passar para a segunda fase do projeto: Explorar os sentidos.
Visão: Mostrar figuras coloridas pequenas, médias e grandes; figuras preta e brancas pequenas, médias e grandes; mostrar de longe, de perto, de muito perto – sempre perguntando o que estão vendo e como. Provocar os alunos para que percebam a importância da visão. E repetir a pergunta: Para que servem nossos olhos?
Audição: Brincar de identificar sons de instrumentos, da natureza,vozes, barulhos em geral; falar bem baixinho, falar alto, propor que todos sussurrem, gritem, fiquem em silêncio. Enfim, através de diversas brincadeiras provocar para que percebam a importância dos ouvidos e da audição. Repetir a pergunta: Para que servem nossos ouvidos?
Olfato: Brincar de distinguir diferentes cheiros de olhos vendados – Dizer cheiros que agradam e os que desagradam – provocando-os até perceberem a importância de nosso nariz, de nosso olfato.
Paladar: Brincar de provar diferentes tipos de alimentos de olhos vendados – provocando-os até perceberem a importância da língua, de nosso paladar.
Tato: Brincar de sentir diferentes texturas: algodão, lixa, esponja, água fria, água morna, gelo etc.) – provocando-os até perceberem a importância do tato, de sentir o toque. O professor pode criar uma caixa fechada com um buraco apenas para caber as mãos das crianças, e dentro dela devem conter diferentes materiais onde poderão tocar e dizer o que sentem se é macio ou áspero. Outra brincadeira legal é: de olhos fechados, descobrir em que parte dos eu corpo o colega está tocando.
Brincar com o corpo e com os sentidos…
O professor deve propiciar atividades diversas de Psicomotricidade:
Pular em um pé som ao ritmo de uma música;
Andar em cima de uma linha traçada no chão com uma bola na mão;
Subir e descer escadas ao ouvir determinados sons;
Engatinhar, saltar, com ritmo ou livremente;
Virar cambalhota com auxílio do professor em um colchonete;
Vestir e desvestir-se, com a roupa pedida, a cada ordem do professor;
Dançar em diferentes ritmos;
Pular entre bambolês;
Imitar animais;
Andar em curvas;
Arremessar e agarrar bolas;
Brincar de Chefinho mandou;
Brincar de Morto-Vivo;
Brincar de Estátua;
Brincar de cabra-cega;
E inúmeras outras atividades de acordo com a necessidade da turma, material disponível, tempo e desejo do professor…
Sugestões de Alguns Jogos de Trabalho com corpo e explorando os sentidos:
1 – Caçador de tartarugas:
Os jogadores dispersam-se pelo pátio: são as tartarugas. Ao sinal, o caçador sai correndo para pegar as tartarugas. Estas evitarão ser apanhadas deitando-se de costas, pernas e braços encolhidos, imitando tartaruga deitada de costas. Enquanto estiverem nesta posição, não poderão ser caçadas. O jogador que for apanhado será eliminado.
2 – Jogo das Cores:
Sentados em círculos, os alunos devem aguardar a indicação do professor.
Ao indicar uma cor, exemplo: verde – Todos devem sair correndo e tocar em algo da cor indicada.
3 – Me dá um abraço:
Os alunos devem estar distantes um do outro. Ao sinal especificado: Três palminhas dadas pelo professor, por exemplo, todos devem correr e encontrar um amigo para abraçar.
4 – Lobos e Carneirinhos:
Formação: Traçar no chão duas linhas afastadas cerca de 20 metros uma da outra. As crianças são divididas em dois grupos: lobos e Carneirinhos. Cada grupo se coloca atrás de uma linha. O grupo dos lobos fica de costas para o grupo dos Carneirinhos.
Desenvolvimento: Ao sinal do professor, os Carneirinhos saem a caminhar, o mais silenciosamente possível, em direção aos lobos. Quando estiverem bem próximo deles o professor diz: “Cuidado com os lobos”!Estes, então, voltam-se rapidamente em partem em perseguição aos Carneirinhos. Os Carneirinhos apanhados antes de alcançar a linha original ( de onde vieram) passam a ser lobos. Na repetição da brincadeira invertem-se os papéis.
Sugestão: Antes de proporcionar essa brincadeira, é interessante que se explore o que se sabe e se discuta sobre esses animais: Como são? Quem já viu um carneirinho? Quem já viu um lobo? Onde? Quando? Se viu, o que achou do animal? Vamos imitar um lobo? Vamos imitar um carneirinho?
O professor deve explorar o tema de acordo com o interesse das crianças.
5 – Onça Dorminhoca:
Formação: Formar com os alunos uma roda grande. Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob os pés, exceto uma que ficará no centro da roda, deitada de olhos fechados. Ela é a Onça dorminhoca.
Desenvolvimento: Todos os jogadores andam a vontade, saindo de seus lugares, exceto a onça dorminhoca que continua dormindo. Eles deverão desafiar a onça gritando-lhe: “Onça dorminhoca”! Inesperadamente, a onça acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão. Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar sem lugar será a nova Onça dorminhoca.
Sugestão: O professor poderá proporcionar um estudo sobre a onça, de acordo com o interesse das crianças: Quem já viu uma onça?
Aonde? Quando?
Como ela é? Como vive? O que come?
Quem quer imitá-la?
Confeccionar uma máscara de cartolina ou papelão para aquele que fará o papel da onça.
Partindo deste estudo, a criança, quando for desenvolver a atividade, criará um personagem seu relativo à brincadeira.
6 – Corrida do Elefante:
Formação: As crianças andam à vontade pelo pátio. Uma delas separada utiliza um braço segurando com a mão a ponta do nariz e o outro braço passando pelo espaço vazio formado pelo braço. ( Imitando uma tromba de elefante).
Desenvolvimento: Ao sinal, o pegador sai a pegar os demais usando somente o braço que está livre ( O outro continua segurando o nariz). Quem for tocado transforma-se também em elefante, logo, em pegador, adotando a mesma posição. Será vencedor o último a ser preso.
Sugestão: As crianças, durante a brincadeira podem caminhar como um elefante.
Sempre é bom…
Trabalhar com parlendas, adivinhas, trava-línguas;
Desenhar livremente ou de maneira orientada – Exemplo: Desenhe seus olhos.
Trabalhar pesquisas. Deixar que as crianças recortem e colem diferentes figuras de corpo humano;
Usar as cantigas e brincadeiras de roda;
Modelar bonecos, procurando colocar todas as partes do corpo;
Para finalizar o projeto sugerimos a criação de um boneco do tamanho das crianças feito de sucata – Nomeá-lo, listar suas características de personalidade e caráter, cada parte do corpo que for sendo criada o professor aproveita para revisar tudo que já trabalharam.
Autoria: Patrícia Fonte
Exemplo de Atividade Artística Sistematizada:
Cole lã da cor de seus cabelos na cabeça da figura e complete o rosto recortando e colando os órgãos do sentido nos lugares cor
retos:
A importância do brincar com o corpo na Educação Infantil:
Durante muito tempo as creches, Pré-Escolas ou Jardim de Infâncias foram consideradas locais para deixar a criança com alguém de segurança para os pais poderem exercer seus trabalhos, ou, no máximo, um local para brincar. Hoje sabemos a importância e o papel pedagógico, educativo, social desta fase da criança.
Pesquisas demonstram que quando a escola é um ambiente altamente estimulante, onde possam ter como se explorar, imitar, olhar, escutar, expressar-se através de sua fala e em contato com crianças da mesma faixa etária, tendo a professora como facilitadora e orientadora, as crianças com menos de 6 anos desenvolvem sua inteligência de forma surpreendente.
A nós educadores cabe propiciar atividades diversificadas e criar ambientes educativos cada vez mais ricos e desafiadores.
“Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem ar, com exercícios estéreis, sem valor para a formação do homem.”
( Carlos Drumond de Andrade )
A brincadeira é o caminho do desenvolvimento cognitivo na infância. E é a partir da exploração do seu próprio corpo e dos amigos que iniciam as construções dos conhecimentos e habilidades principais. Em vez de impedí-las de brincar, o ideal é apresentar materiais que incentivem brincadeiras diversas e enriqueçam cada vez mais o processo ensino-aprendizagem.
Autoria do Projeto: Patrícia Fonte